Sobre Nós

 

                Não temos muitos registros da congregação, mas sabemos que nasceu no coração de alguns irmãos, membros da 2ª Igreja de Petrópolis, no final da década de 50 de formar uma congregação na localidade do Itamaraty. Assim começou o trabalho como ponto de pregação na casa de alguns irmãos. Certo tempo depois foi alugado um espaço na Rua João Barcellos, 222, Itamaraty, onde os irmãos se reuniram até se tornar a Igreja Batista do Itamaraty.

                Segundo o relato de alguns irmãos, o trabalho era vibrante e se concentrava principalmente no evangelismo de crianças, o que pode ser constatado nas fotos antigas que alguns irmãos preservam como recordações.

                E a obra de Deus crescia fervorosamente neste bairro, o que levou ao pedido de formação de concílio para a formação da nova Igreja Batista da cidade.

 

                Após o pedido dos irmãos, a Segunda Igreja Batista de Petrópolis pediu a formação do concílio examinatório para o dia 01/09/1961. O Pr. Dalson Pinto Teixeira, que era o pastor da SIB de Petrópolis, foi eleito o presidente do concílio que examinou a congregação, ainda candidata a igreja. O Pr. Madson Paulo de Carvalho, foi o examinador da igreja e, fez várias perguntas no intuito de auferir a consciência eclesiástica dos irmãos que ali congregavam. Após o exame o concílio decidiu aprovar a congregação candidata para que se tornasse realmente uma igreja batista local. E logo em seguida passou-se à cerimônia oficial de inauguração da novel igreja.

                O concílio se deu às 14h40, na sede do Clube Palmeiras, no Itamaraty, e logo em seguida deu-se início a Cerimônia de igreja, que decidiu-se chamar-se IGREJA BATISTA DO ITAMARATY. Foi lido o pacto das igrejas batistas e o pastor Nilson Dimárzio pregou sob o tema: “MARCAS DE UMA IGREJA CRISTÃ VERDADEIRA.” Baseada no texto de

 Mt 16.16. Em seguida se dissolveu o concílio e a igreja foi formada com 19 membros vindo por carta de diversas igrejas, mas principalmente da SIB Petrópolis.

                 O início não foi fácil. Como todo trabalho de Deus as lutas são grandes. Ter uma sede alugada não é um procedimento das igrejas batistas. Nossa denominação sempre teve uma cultura de adquirir patrimônios. E não foi diferente na história dessa novel igreja que surge num tempo de lutas políticas em nossa nação que mudou o rumo de muitas coisas.

                Nossos “pais” alimentaram o sonho até que anos mais tarde adquiriu o terreno localizado na Rua Quissamã, 1737, no bairro Quissamã, onde até hoje se encontra a sede da igreja. Foi um grande desafio a aquisição desse terreno. Não havia dinheiro suficiente para o valor estabelecido, mas tomando um passo de fé, sob a condução do pastor Madson os irmãos se dedicaram e trabalharam diversas campanhas e, conseguiram, com muita dificuldade quitar o terreno que tinha adquirido.

                Começa então a campanha que faz com que os irmãos se dedicarem intensamente à construção de um local de cultos de sua propriedade.  Alguns irmãos relata que houve um mês que o pastor fez um desafio à igreja para que naquele mês em curso cada um trouxesse seu salário e entregasse integralmente como oferta ao Senhor.

                Uma irmã relata que seu pai, ao receber o seu salário, pegou o envelope fechado, sem abrir e, entregou à igreja. Muitos pensaram que ele estava louco e, que sua família passaria fome. Mas, naquele mês, segundo o relato dos filhos não faltou o pão naquele lar. O Senhor, que é fiel, mesmo que nós não o sejamos, supriu as necessidades daquela e de muitas outras famílias que ousaram confiar naquele que é dono de todas as coisas.

                Todo o desenvolvimento da igreja foi com muito esforço e dedicação. Muitos irmãos se empenharam aqui para nos dar o legado que temos hoje. Por isso somos gratos ao Senhor por aqueles que por aqui passaram deixando as marcas de Cristo através de sua obra.

                Mas a história não é feita apenas de bênçãos e frutos perfeitos. Tivemos os nossos percalços. Nós que não estávamos aqui quando eles aconteceram, não temos a noção exata dos fatos e, por isso nos isentamos de tomar partido e dar razão a um ou outro. No curso dessa história de lutas, muitos ficaram pelo caminho e, até recuaram. Outros se perderam na estrada da vida tomando atalhos que os levaram para ruínas.

                Divisões aconteceram durante alguns períodos e uma igreja que já chegou a ter quase 200 membros se desfaleceu em pedaços que não mais puderam ser juntados. Hoje contamos com pouco mais de 40 membros. Mas se contássemos o número daqueles que aqui se converteram com certeza faríamos um juízo diferente  dos números e entenderíamos que a matemática de Deus é diferença da nossa.

                Mas nossos desafios são grandes. Devemos não esmorecer e avançar para o alvo que nos está proposto pelo nosso Senhor!

 

                                                            

 

Declaração Doutrinária

 

DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA DA

 CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA

 

PREÂMBULO

          Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados pelo nome “batista” se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas suas exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”.

         A designação surgiu no século XVII, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana.

         Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:

 

1º - A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.

2º - O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.

3º - A separação entre Igreja e Estado.

4º - A absoluta liberdade de consciência.

5º - A responsabilidade individual diante de Deus.

6º - A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

 

         Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos.

         Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus. É o que faz agora a Convenção Batista Brasileira, nos 19 artigos que se seguem:

 

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História dos Batistas Brasileiros

 

Sua Origem
Em 1882, quando foi organizada a Primeira Igreja Batista, voltada para a evangelização do Brasil, já existiam duas outras igrejas batistas, organizadas por imigrantes norte-americanos, residentes na região de Santa Bárbara do D'Oeste e Americana, São Paulo.
Os casais de missionários batistas norte-americanos, recém chegados ao Brasil, Willian Buck Bagby e Anne Luther Bagby, os pioneiros; e Zacharias Clay Taylor, Kate Stevens Crawford Taylor, auxiliados pelo ex-padre Antônio Texeira de Albuquerque, batizado em Santa Bárbara D'Oeste; decidiram iniciar a sua missão na cidade de Salvador, Bahia, com 250.000 habitantes. Ali chegaram no dia 31 de agosto de 1882 e no dia 15 de outubro, organizaram a PIB do Brasil com 5 membros; os dois casais de missionárias e o ex-padre Antônio Teixeira.


Este foi o início
Nos primeiros vinte e cinco (25) anos de trabalho, Bagby e Taylor auxiliados por outros missionários e, por um número crescente de brasileiros, evangelistas e pastores, já tinham organizado 83 igrejas, com aproximadamente 4.200 membros.


Organização da Convenção
Segundo José dos Reis Pereira, Salomão Guinsburg foi a primeira pessoa a pensar na organização de uma Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros.
Mas, somente em 1907, a idéia foi concretizada. A. B. Deter, Zacharias Taylor e Salomão Guinsburg concordaram em dar prosseguimento ao plano. Eles conseguiram a adesão de outros missionários e de líderes brasileiros, inclusive Francisco Fulgêncio Soren, que tinha, inicialmente, algumas reservas.
A comissão organizadora optou pela data de 22 de junho de 1907 para organizar a Convenção, na cidade de Salvador, quando transcorreriam os primeiros 25 anos do início do trabalho batista brasileiro, também começado na referida cidade.
No dia aprazado, no prédio do ALJUBE, onde funcionava a PIB de Salvador, em sessão solene, foi realizada a primeira Assembléia da Convenção Batista Brasileira, composta de 43 mensageiros enviados por Igrejas e organizações. A casa estava cheia. O clima era de festa, celebrando o que Deus fizera a partir daquele início tão pequeno!
Criada a Convenção, foi eleita sua primeira diretoria: Presidente - Francisco Fulgêncio Soren; 1º Vice-presidente - Joaquim Fernandes Lessa - 2º Vice-presidente - João Borges da Rocha; 1º Secretário - Teodoro Rodrigues Teixeira; 2º Secretário - Manuel I. Sampaio; Tesoureiro - Zacharias Taylor. A motivação básica da criação da Convenção foi missões e falava-se na evangelização de Portugal, do Chile e da África. Foram criadas além das duas Juntas Missionárias, Missões Nacionais e Missões Estrangeiras (hoje Missões Mundiais) outras juntas: para a Casa Publicadora Batista, para Escola Bíblica Dominical, para União de Mocidade Batista, para Educação e Seminário, e para a Administração do Seminário. Ao todo 7 Juntas.
As áreas de Missões, Educação Religiosa e Publicações, Educação Teológica e Educação, foram as que receberam maior atenção dos convencionais.